quarta-feira, 27 de outubro de 2021

“A cidade de Goianinha”, artigo de Ormuz Barbalho Simonetti

  

A partir do artigo publicado no “Dossiê Temático Municípios do Rio Grande do Norte”, presente na Revista IHGRN 97, publicamos hoje um trecho sobre o município de Goianinha. A imagem é uma arte da bandeira do município, extraído do livro "Bandeiras e Brasões de Armas dos Municípios do Rio Grande do Norte", da professora Anadite Fernandes da Silva. Boa leitura!

 

“A cidade de Goianinha”, Ormuz Barbalho Simonetti

 

Localizada no agreste potiguar distante 50 quilômetros de Natal, Goianinha é o nono município mais antigo do Estado do Rio Grande do Norte. Fundado em 7 de agosto de 1832, com autorização de uma lei da Câmara dos Deputados do Império, e elevada à categoria de cidade em 2 de novembro de 1928 através do Decreto Estadual n° 712, assinado pelo Governador Juvenal Lamartine. O nome do município vem do tupi-guarani “goiana”, que quer dizer abundância em caranguejos. Em 1635 a aldeia era chamada Goacana ou Viajana e era habitada pelos índios Janduís. Segundo historiadores, a região foi habitada por moradores brancos, provavelmente portugueses ou holandeses, depois de terem expulsado os índios, moradores da região.

Defendem alguns historiadores que o nome da cidade originou-se a partir das datas de sesmarias, concedidas à mascates oriundos de Goyana, em Pernambuco, que se deslocaram àquela região para negociar seus produtos. Lá elos idos do século XVII, chamaram a aldeia de Goianinha em alusão a Goiana Grande, local de onde partiram suas “tropas” carregadas de produtos para negociar.

Opinião diferente tem o historiador Luiz da Câmara Cascudo, que em artigo publicado no Jornal A República, em 7 de fevereiro de 1942, afirmou que tanto o Rio Grande do Norte como Pernambuco tiveram uma GUAIANA que se transformou em GOIANA e posteriormente em Goianinha. Ele afirmou que houve ao mesmo tempo, nas duas regiões, a existência do topônimo de origem comum.

Artigo: Ormuz Barbalho Simonetti

Imagem: Anadite Fernandes

Fotografia: Maria Simões