A partir do artigo publicado no “Dossiê Temático Municípios do Rio Grande do Norte”, presente na Revista IHGRN 97, publicamos hoje um trecho sobre o município de Lagoa Nova. A imagem é uma arte da bandeira do município, extraído do livro "Bandeiras e Brasões de Armas dos Municípios do Rio Grande do Norte", da professora Anadite Fernandes da Silva. Boa leitura!
“Lagoa Nova: diante da pequena lagoa, à sombra da Baraúna e da Gameleira”, Eliabe Davi Alves
Localizado na chapada, que em épocas remotas possuía o topônimo indígena “Serra de Macaguá”, depois “Serra Azul” e, por último, “Serra de Santana”, Lagoa Nova é o quinto município mais populoso do Seridó, com pouco mais de 15 mil habitantes e a cerca de 733 metros acima do nível do mar, condição geográfica que proporciona uma temperatura entre 14°C e 22º celsius. A sede do município está a 211 km de Natal.
O clima ameno de montanha está atraindo, cada vez mais para as cidades serranas, turistas que curtem o friozinho agradável e que estão fugindo um pouco do calor da região litorânea e do sertão potiguar.
Na contemporaneidade, Lagoa Nova junto com outros municípios serranos, desponta como polo de produção de energia eólica, de expansão do caju precoce, produção de maracujá, pinha e gado leiteiro.
Vale lembrar que, no fim do século passado, verificou-se uma pujante produção de castanha de caju. Hoje, o município está em franco desenvolvimento urbanístico.
Em termos antropológicos, é compreensível também que Lagoa Nova chegue aos 55 anos, com uma identidade cultural que é fruto da miscigenação de sertanejos, descendentes de escravos e paraibanos do brejo, que subiram a serra, vindos predominantemente de Remígio/PB, Bananeiras/PB, Araruna/PB e Areia/PB. Este processo de interação cultural determinou os hábitos e os costumes dos habitantes deste lugar.
Artigo: Eliabe Davi Alves
Imagem: Anadite Fernandes
Fotografia: Maria Simões
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