quarta-feira, 16 de março de 2022

“Macau, um presente das águas - o batismo do nome”, Horácio de Paiva Oliveira

    A partir do artigo publicado no “Dossiê Temático Municípios do Rio Grande do Norte”, presente na Revista IHGRN 97, publicamos hoje um trecho sobre o município de Macau. A imagem é uma arte da bandeira do município, extraído do livro "Bandeiras e Brasões de Armas dos Municípios do Rio Grande do Norte", da professora Anadite Fernandes da Silva. Boa leitura!

“Macau, um presente das águas - o batismo do nome”, Horácio de Paiva Oliveira

    Nasci em Macau, “das mais ricas terras pequeninas”, de “alvas e esplêndidas salinas, as melhores salinas do universo”, na expressão lírica e descritiva da consagrada poesia de nosso Edinor Avelino.
Também não há registro, nos dados históricos conhecidos, de quando, em qual data e pela primeira vez, o topônimo foi empregado à região, sendo certo, porém, que a tradição e a oralidade antecedem, em muito, a escrita.
    Enfim, o que traduz o topônimo MACAU? Qual a origem de sua adoção?
    A natureza? Alguma homenagem, ou mesmo semelhança com outra urbe?
    Tem-se que a região já aparece documentada em velhos mapas do século XVI, como são exemplos o do italiano Alberto Cantino (na realidade, cópia por ele adquirida clandestinamente em Portugal, em 1502, e vendida a Hércules I, d’Este, então Duque de Ferrara e Módena), hoje na Biblioteca Estense, de Módena, e o do francês Jacques de Vaulx de Claye, “Partie de la Guyane et Littoral Du Brésil depuis la Guyane jusqu’au Rio Real”, de 1579, atualmente na Biblioteca Nacional da França, em Paris - ambos oportunamente reproduzidos pelo historiador macauense Getúlio Moura, in “Um Rio Grande e Macau – Cronologia da História Geral”, obra de importância indiscutível.
Artigo: Horácio de Paiva Oliveira
Imagem: Anadite Fernandes
Fotografia: Maria Simões