A partir do artigo publicado no “Dossiê Temático Municípios do Rio Grande do Norte”, presente na Revista IHGRN 97, publicamos hoje um trecho sobre o município de Olho D’água do Borges. A imagem é uma arte da bandeira do município, extraído do livro "Bandeiras e Brasões de Armas dos Municípios do Rio Grande do Norte", da professora Anadite Fernandes da Silva. Boa leitura!
“Origem e evolução da história de Olho D’água do Borges/RN”, Francisco de Assis de Barros
Foi provavelmente no final do primeiro quartel (primeiros vinte e cinco anos) do século XIX, que o cidadão português Joaquim Borges da Siqueira, vindo de “Ubureta” no Ceará, aforou uma Légua de Terras (Sesmaria de Mato: 1650mx6600m ou duas Datas de Mato de 1650mx3300m, cada), porque após as Capitanias Hereditárias, estas chegavam a ter suas terras subdivididas em porções chamadas Sesmaria que se subdividia em Data. Essa Sesmaria, com uma das Datas de Mato que futuramente daria lugar ao povoado, vila e sede do Município, recebeu o nome de Data de Terra do Riacho da Pedra Branca (por trás da antiga casa de Joaquim Manoel de Barros – pai de Felinto da Silveira Barros passa o riacho e existem aglomerados de pedras brancas, além destas também se encontrarem ao lado da casa), em virtude de naquela época a Data receber o(s) nome(s) do(s) marco(s) que ali existisse(m); no nosso caso o Riacho e as Pedras Brancas. Então, Joaquim Borges da Siqueira organizou nessa data uma fazenda e, tendo nesta fazenda, encravado um Olho d’Água (provavelmente o local da Cacimba da Fazenda), ela recebeu o nome de fazenda Olho d’Água. Entretanto, como existiam outras fazendas na vizinhança que também tinham outros Olhos d’Água, resolveram chamar a fazenda de Joaquim Borges da Siqueira, para se tornar diferente das outras, de fazenda Olho d’Água do Borges.
Artigo: Francisco de Assis de Barros
Imagem: Anadite Fernandes
Fotografia: Maria Simões