O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte conserva em seu acervo algumas peças do padre João Maria Cavalcanti de Brito (1848-1905), considerado “Santo de Natal”, dentre elas, a casula, a estola, o roquete e há também um busto em sua homenagem.
Padre João Maria Cavalcanti de Brito nasceu na Fazenda Logradouro do Barro, em Jardim de Piranhas, região do Seridó do Rio Grande do Norte, aos 23 de junho de 1848, e faleceu em Natal aos 16 de outubro de 1905.
Fundou o primeiro jornal católico natalense, Oito de Setembro, em 1897. Foi também filiado do Partido Católico, fundado em São José de Mipibu, e presidiu a Liga Contra a Escravatura.
Sua genitora chamava-se Anna de Barros Cavalcanti e o pai, Amaro Cavalcanti Soares de Brito. Foram seus irmãos: Militana, Josefina e Amaro.
Frequentou os Seminários de Olinda/PE e Fortaleza. Foi pároco na Paraíba, Acari, Papari e Natal. Ele sentia a grandeza da missão de Jesus, destinada mais aos pobres. Essa, a sua dominante preocupação.
Na igreja do Alto do Juruá, em Petrópolis, Natal, foi organizado um pequeno mausoléu, onde foram depositados seus restos mortais e objetos de uso pessoal, um livro de Teologia Moral, por ele feita a transcrição manuscrita, trasladado do Cemitério do Alecrim.
Ordenou-se aos 30 de novembro de 1871, na capela do Seminário de Fortaleza, Ceará. A primeira missa, no dia 10 de dezembro do mesmo ano, em Caicó. Seu lema eclesiástico – omnia in omnibus – “ser tudo para todos”.
Foi batizado pelo povo, santo da caridade! O primeiro monumento erguido em homenagem ao padre João Maria foi um busto feito pelo escultor Hostílio Dantas, inaugurado em 1919, na praça que tem o seu nome, em Natal. Morreu o padre João Maria murmurando o hino “Toda pura és Maria!”.
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Este artigo é parte de uma série de textos voltados à divulgação do acervo do IHGRN e da história do Rio Grande do Norte, veiculada aos domingos no espaço cativo do Instituto na coluna Quadrantes do jornal Tribuna do Norte.
Artigo: Jurandyr Navarro
Imagem: Maria Simões