Manoel de Moura Rabello (1895-1979) foi pintor, poeta e professor. Participou da I Exposição de Pintura de Natal, em 1933, e retratou figuras do Rio Grande do Norte.
No acervo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, constam, além de outros, os retratos de Luís Carlos Lins Wanderley e padre Francisco de Brito Guerra, em óleo sobre tela, e os retratos de Vicente de Lemos e sua esposa Maria Olindina Bulcão de Lemos, a lápis, tudo de sua lavra.
“Parece que Moura Rabello foi o mais profícuo dos pintores da época”, escreveu Dorian Gray Caldas, em Artes Plásticas do Rio Grande do Norte. E continua: “tendo executado no Palácio do Governo, a pedido do então governador Antônio de Souza – 1922 – uma extensa galeria de vultos históricos, hoje podendo ser vista no Salão de Leitura do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte”.
A galeria dos retratados é extensa. São figuras do Brasil Imperial: João Maurício Wanderley, Barão de Cotegipe; Zacarias de Góis e Vasconcelos; José Bonifácio de Andrada e Silva; Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá; João Alfredo Correia de Oliveira; Manoel Luís Osório, Marquês do Herval; Francisco Manoel Barroso da Silva, Barão do Amazonas; Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré; Bernardo Pereira de Vasconcelos; Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto; Dom Pedro II; Honório Hermeto Carneiro Leão; Padre Diogo Antônio Feijó; Joaquim Aurélio Nabuco de Araújo; Joaquim José Rodrigues Torres, Visconde de Itaboraí; José Clemente Pereira; Pedro de Araújo Lima, Marquês de Olinda; e Quintino de Souza Bocaiuva.
Todas elas, hoje, peças do acervo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Moura Rabello nasceu em Natal, em 22 de outubro de 1895, e era filho de João Batista Ferreira Rabelo e Maria Emília de Moura Rabelo. Pertencia ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e pintou um sem número de quadros, tanto em Natal como no Rio de Janeiro, onde residiu por cerca de 44 anos. Faleceu em 6 de dezembro de 1979, em Natal, e foi sepultado no cemitério do Alecrim.
Artigo: Gustavo Sobral e André Felipe Pignataro
Imagens: Maria Simões