segunda-feira, 25 de julho de 2022

Dicionário da imprensa do Rio Grande do Norte

 
    A história do jornalismo é um campo de estudo que compreende uma série de trabalhos que abarcam histórias gerais do jornalismo, de veículos de comunicação, biografias e memórias de jornalistas. Uma busca por histórias do jornalismo no Rio Grande do Norte, revela, entre outros, dois catálogos da imprensa.

    Catálogos de jornais e revistas foram uma prática no intuito de registrar uma história do jornalismo que se entendia como um levantamento dos veículos de circulação impressa. Assim compreendia ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro que, em 1907, solicitou aos institutos históricos estaduais um levantamento dos jornais que circularam nos Estados para as comemorações do I Centenário da Imprensa no Brasil, em 1908. Foi o começo.
    A catalogação proposta por Luiz Manoel Fernandes Sobrinho (1856-1935) é uma resposta a este pedido. “A imprensa periódica no Rio Grande do Norte: 1832 a 1908” é um levantamento que reuniu informações como título do jornal, período de circulação, local da publicação, responsável pela publicação, em ordem cronológica. O trabalho foi publicado em livro em 1908 e, posteriormente, saiu em partes na Revista IHGRN, entre os anos de 1908 e 1915. Em 1998, foi reeditado pela Fundação José Augusto. 
    Trabalho que Manoel Rodrigues de Melo (1912-1996) se propôs a continuar e resultou numa continuidade que vai até 1987. Resultado de 40 anos de pesquisa, é o que está na contracapa, o “Dicionário da imprensa no Rio Grande do Norte” saiu pela Fundação José Augusto, ano de 1987, parte da Coleção Documentos Potiguares, e abrange os jornais que circularam no Estado de 1909 a 1987. 
    Rodrigues de Melo optou por agrupar os jornais impressos das mais variadas gamas, noticiosos, políticos, literários, de vida longa e curta e até revistas, pelos locais de publicação, os municípios, e escolheu a forma de dicionário. Além disso, em anexo, há um regulamento para tipografia, datado de 1848, e os nomes e pseudônimos de alguns escritores do Rio Grande do Norte por ordem alfabética. O livro também conta ao final – também por município – com um índice dos periódicos. Trata-se de um trabalho descritivo.  E, assim, resta documentada uma história do impresso no Rio Grande do Norte…

Artigo: Gustavo Sobral e André Felipe Pignataro
Imagem: Maria Simões