quarta-feira, 19 de outubro de 2022

“Japi”, Edson Batista dos Santos

 
    A partir do artigo publicado no “Dossiê Temático Municípios do Rio Grande do Norte”, presente na Revista IHGRN 98, publicamos hoje um trecho sobre o município de Japi. A imagem é uma arte da bandeira do município, extraído do livro "Bandeiras e Brasões de Armas dos Municípios do Rio Grande do Norte", da professora Anadite Fernandes da Silva. Boa leitura!

“Japi”, Edson Batista dos Santos

    A ocupação das terras japienses pelos posseiros paraibanos e a formação de pequenas fazendas de algodão na localidade foram os principais fatores que contribuíram significativamente para a formação de um núcleo de moradores que posteriormente deu origem a cidade de Japi.
    No final do século XVIII quando aqui chegaram os primeiros posseiros viviam da agricultura de subsistência familiar e criavam poucos animais. Essa era a base econômica de então.
    O povoamento de Japi, especificamente da zona urbana teve seu início a partir de 1855, quando aqui chegou o grande desbravador Miguel Lourenço da Costa. Ele e sua esposa, Josefa Lourenço da Costa enfrentaram e venceram todas as dificuldades da localidade: secas, enchentes, epidemias de doenças, fome, animais ferozes e outros mais. Apesar de todos esses obstáculos eles foram um exemplo de perseverança e persistência. Em meio a tudo isso criaram nove filhos, os quais deram início ao povoamento da localidade. Seus filhos casaram-se também aqui, com pessoas que vieram de outras localidades e hoje, a maioria da população urbana é constituída dos seus descendentes.
    Logo que chegou ao local, Miguel Lourenço se apossou de grande área de terra, que abrangia a totalidade do que compõe hoje a zona urbana do município, indo até a serra grande. Ainda hoje, a maior parte da chã da serra pertence aos seus descendentes. Ele foi, portanto, o primeiro homem a constituir uma família na zona urbana do município.

Artigo: Edson Batista dos Santos
Imagem: Anadite Fernandes
Fotografia: Maria Simões