quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

“Lagoa de Velhos”, Osvágrio Ferreira de Oliveira

 
    A partir do artigo publicado no “Dossiê Temático Municípios do Rio Grande do Norte”, presente na Revista IHGRN 98, publicamos hoje um trecho sobre o município de Lagoa de Velhos. A imagem é uma arte da bandeira do município, extraído do livro "Bandeiras e Brasões de Armas dos Municípios do Rio Grande do Norte", da professora Anadite Fernandes da Silva. Boa leitura!

“Lagoa de Velhos”, Osvágrio Ferreira de Oliveira

    Por volta de 1700, a região era povoada por remanescentes de algumas comunidades indígenas, principalmente os tapuios ou tapuias, e por alguns poucos donos de terras. Algumas dessas glebas havidas por sesmarias, outras compradas de sesmeiros. Entretanto muitos desses latifúndios eram fruto da ocupação natural por famílias pobres, outras não, migrantes das diversas regiões nordestinas.
    É possível ver os vestígios dos tapuias na região onde se encontra encravado o município de Lagoa dos Velhos, através das inscrições rupestres visíveis em um conjunto de pedras, localizado a pouco mais de dois quilômetros do centro da cidade em sentido sul, que a população deu o nome de “pedras do letreiro”. Nessas pedras pode-se ver desenhos feitos em dois estilos distintos, que alguns estudiosos imaginam serem de dois períodos diferentes.

As cartas de sesmarias
    As sesmarias eram glebas de terras doadas pela coroa portuguesa a particulares, notadamente pessoas consideradas detentoras de merecimento, com o fim de promover a apropriação do território colonial, estimular a produção e trazer retorno financeiro para os cofres do reino. Cada sesmaria tinha um tamanho padrão, regulamentado pelo conselho ultramarino, que era de duas léguas de frente por seis de fundo.

Artigo: Osvágrio Ferreira de Oliveira
Imagem: Anadite Fernandes
Fotografia: Maria Simões