As moedas sempre fizeram parte da vida dos impérios desde a antiguidade clássica. Ao destacar os seus aspectos históricos, forjou-se no final do século XVIII e início do XIX, o termo “numismática” para nomear uma “ciência auxiliar da história” que busca estudar as inscrições cunhadas em moedas relacionando-as com a história. A expressão vem do latim numus, “moeda”, e significa estudo das moedas cunhadas.
No cenário potiguar, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte possui uma singela coleção de moedas e medalhas em seu museu. A partir dos registros encontrados, percebe-se a coleção de moedas começou a partir do ano de 1920, por doações como as de Nestor Lima (1887-1959) que ofertou ao Instituto um conjunto de moedas argentinas e uruguaias e medalhas comemorativas do centenário da revolução republicana, da Independência do Brasil e do Congresso Internacional de Americanistas de 1922.
Esta exposição possui um maior enfoque para as moedas brasileiras que compreendem os períodos Imperial e Republicano. Sendo possível encontrar moedas comemorativas do centenário da abolição (1888-1988) e da independência (1822-1922), além de outras, com representações e emblemas próprios da cultura brasileira.
A partir desses indícios, pode-se perceber que moedas, medalhas e cédulas, possuem um importante valor documental que pode contribuir com a produção do conhecimento histórico em torno de certas épocas e que as instituições de memória devem atentar para a preservação das fontes numismata para proporcionar às futuras gerações o usufruto das fontes que se constituem verdadeiros patrimônios culturais.
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Este artigo é parte de uma série de textos voltados à divulgação do acervo do IHGRN e da história do Rio Grande do Norte, veiculada aos domingos no espaço cativo do Instituto na coluna Quadrantes do jornal Tribuna do Norte.
Artigo: Igor Oliveira
Imagens: Maria Simões