Em 1911 foram instalados os
primeiros telefones da cidade do Natal. O telefone nasceu no rumo do progresso,
veio com a luz elétrica e o bonde elétrico, tudo no entusiasmo do governo
Alberto Maranhão, o mecenas. Se começou empreendimento privado, não demorou
para passar ao controle do estatal que inventou a Repartição dos Serviços
Urbanos de Natal, instalada em um sobrado na Rua Tavares de Lyra, Ribeira.
A cidade começou com 100 números
de telefone entre privados, comerciais e governamentais nas três esferas
(federal, estadual e municipal) e atendia aos bairros da Ribeira, Cidade Alta,
Petrópolis, Tirol e Alecrim. Um dos primeiros aparelhos utilizados na cidade é,
hoje, peça do museu do Instituto e pertenceu a Sinhá Galvão.
Trata-se de um telefone de
parede, em madeira, metal e cobre, movido à manivela, cujo design se assemelha
a um dos modelos disponíveis, em 1895, pela marca sueca LM Ericsson & Co
Estocolmo, que fabricava e vendia aparelhos telefônicos.
O Museu do Telefone, em Bragança
Paulista, São Paulo, em consulta, respondeu, por meio de sua monitora e
pesquisadora, Roseli Apda Cipriani, que o aparelho pertencente ao Instituto é
um telefone magneto de parede, modelo da marca Ericsson e um dos primeiros
aparelhos que chegaram ao Brasil por volta de 1884.
Provavelmente fabricado entre
1880 e 1882. “Uma relíquia da era da telefonia, poucos museus possuem um modelo
como este”, afirma Cipriani.
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Este artigo é parte de uma série de textos voltados à divulgação do acervo do IHGRN e da história do Rio Grande do Norte, veiculada aos domingos no espaço cativo do Instituto na coluna Quadrantes do jornal Tribuna do Norte.
Artigo: Gustavo Sobral e André
Felipe Pignataro
Imagem: Maria Simões