segunda-feira, 18 de outubro de 2021

O telefone e o primeiro aparelho da cidade


        Em 1911 foram instalados os primeiros telefones da cidade do Natal. O telefone nasceu no rumo do progresso, veio com a luz elétrica e o bonde elétrico, tudo no entusiasmo do governo Alberto Maranhão, o mecenas. Se começou empreendimento privado, não demorou para passar ao controle do estatal que inventou a Repartição dos Serviços Urbanos de Natal, instalada em um sobrado na Rua Tavares de Lyra, Ribeira.

        A cidade começou com 100 números de telefone entre privados, comerciais e governamentais nas três esferas (federal, estadual e municipal) e atendia aos bairros da Ribeira, Cidade Alta, Petrópolis, Tirol e Alecrim. Um dos primeiros aparelhos utilizados na cidade é, hoje, peça do museu do Instituto e pertenceu a Sinhá Galvão.

        Trata-se de um telefone de parede, em madeira, metal e cobre, movido à manivela, cujo design se assemelha a um dos modelos disponíveis, em 1895, pela marca sueca LM Ericsson & Co Estocolmo, que fabricava e vendia aparelhos telefônicos.

        O Museu do Telefone, em Bragança Paulista, São Paulo, em consulta, respondeu, por meio de sua monitora e pesquisadora, Roseli Apda Cipriani, que o aparelho pertencente ao Instituto é um telefone magneto de parede, modelo da marca Ericsson e um dos primeiros aparelhos que chegaram ao Brasil por volta de 1884.

        Provavelmente fabricado entre 1880 e 1882. “Uma relíquia da era da telefonia, poucos museus possuem um modelo como este”, afirma Cipriani.

 

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    Este artigo é parte de uma série de textos voltados à divulgação do acervo do IHGRN e da história do Rio Grande do Norte, veiculada aos domingos no espaço cativo do Instituto na coluna Quadrantes do jornal Tribuna do Norte.

 

Artigo: Gustavo Sobral e André Felipe Pignataro

Imagem: Maria Simões