A partir do artigo publicado no “Dossiê Temático Municípios do Rio Grande do Norte”, presente na Revista IHGRN 97, publicamos hoje um trecho sobre o município de Guamaré. A imagem é uma arte da bandeira do município, extraído do livro "Bandeiras e Brasões de Armas dos Municípios do Rio Grande do Norte", da professora Anadite Fernandes da Silva. Boa leitura!
"Guamaré e sua história", Maria Jandir Candéas
Guamaré tem uma rica história que muitos desconhecem. Pequenina em território, mas com um cenário lindo e acolhedor, rodeada de rios, mar, mangues, dunas e salinas, é um porto estratégico conhecido desde o período colonial. Teve presenças indígena, francesa e holandesa, mas foram os portugueses que a povoaram e deixaram sua descendência que forma a tradição de usos e costumes presentes nas famílias que habitam o município.
Guamaré está à frente dos Baixios de São Roque e consta em vários mapas do litoral brasileiro desde a colonização, dentre eles em 1579, o do francês Jacques de Vaulx de Claye, intitulado: “Partie de la Guyane Jusqu´au Rio Real” [retratando o litoral da Bahia ao Maranhão]. Nele são mostradas as aldeias de índios, à frente da baía Guamaré/Galinhos, denominada: “Le Grand Bee du Parcel”1. Isso nos mostra que Guamaré era habitada por tribos indígenas e visitada por navegadores europeus, que deixaram comprovada miscigenação.
Vários cronistas escreveram sobre o português capitão Pero Coelho de Souza, que havia recebido a Capitania do Ceará, em 1603, e ao ser atacado por tribos hostis, foge pelo litoral. Esse fato ficou conhecido como: “A Saga de Pero Coelho”. Medeiros Filho (1977, 67-71) descreve o episódio que chamou de: “A Marcha de Pero Coelho de Souza”, onde narra o sofrimento do capitão, sua família e os soldados que lhe restaram, andando a pé no sol escaldante, com fome e sede e sua passagem pelas terras salineiras de Guamaré, em 1605.
Guamaré está à frente dos Baixios de São Roque e consta em vários mapas do litoral brasileiro desde a colonização, dentre eles em 1579, o do francês Jacques de Vaulx de Claye, intitulado: “Partie de la Guyane Jusqu´au Rio Real” [retratando o litoral da Bahia ao Maranhão]. Nele são mostradas as aldeias de índios, à frente da baía Guamaré/Galinhos, denominada: “Le Grand Bee du Parcel”1. Isso nos mostra que Guamaré era habitada por tribos indígenas e visitada por navegadores europeus, que deixaram comprovada miscigenação.
Vários cronistas escreveram sobre o português capitão Pero Coelho de Souza, que havia recebido a Capitania do Ceará, em 1603, e ao ser atacado por tribos hostis, foge pelo litoral. Esse fato ficou conhecido como: “A Saga de Pero Coelho”. Medeiros Filho (1977, 67-71) descreve o episódio que chamou de: “A Marcha de Pero Coelho de Souza”, onde narra o sofrimento do capitão, sua família e os soldados que lhe restaram, andando a pé no sol escaldante, com fome e sede e sua passagem pelas terras salineiras de Guamaré, em 1605.
Artigo: Maria Jandir Candéas
Imagem: Anadite Fernandes
Fotografia: Maria Simões
