“Parece que Moura Rabello foi o mais profícuo dos pintores da época”, escreveu Dorian Gray Caldas em Artes Plásticas do Rio Grande do Norte, ainda dizendo: “tendo executado no Palácio do Governo, a pedido do então governador Antônio de Souza – 1922 – uma extensa galeria de vultos históricos, hoje podendo ser vista no Salão de Leitura do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte”.
Cabe anotar os nomes das figuras traçadas por Moura Rabello: Zacarias de Góis e Vasconcelos; José Bonifácio de Andrada e Silva; João Alfredo Correia de Oliveira; Bernardo Pereira de Vasconcelos; Honório Hermeto Carneiro Leão; Padre Diogo Antonio Feijó; Joaquim Aurélio Nabuco de Araújo; José Clemente Pereira; Quintino de Souza Bocaiuva.
É também de autoria de Moura Rabello, no acervo do Instituto, os retratos do desembargador Vicente de Lemos e sua esposa Maria Olindina Bulcão de Lemos, datados respectivamente, 1917 e 1916 – uma doação de Ivoncísio de Medeiros em 2006 –; e dos retratos a óleo de Luís Carlos Lins Wanderley, primeiro norte-rio-grandense formado em medicina, em 1857, e primeiro romancista de Natal, datado de 1931; e do Padre Francisco de Brito Guerra, datado de 1966.
Manoel de Moura Rabello (1895-1979), nasceu e morreu em Natal, e neste interregno viveu 44 anos no Rio de Janeiro. Além de pintor, foi poeta e professor. Participou da I Exposição de Pintura de Natal, em 1933. Sócio do Instituto, como consta no seu necrológio (Revista IHGRN, LXXI – LXXII), cometeu versos e lançou livros de poemas e coletâneas, inclusive deixando um livro inédito.
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Este artigo é parte de uma série de textos voltados à divulgação do acervo do IHGRN e da história do Rio Grande do Norte, veiculada aos domingos no espaço cativo do Instituto na coluna Quadrantes do jornal Tribuna do Norte.
Artigo: Gustavo Sobral e André Felipe Pignataro
Imagem: Maria Simões
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