A partir do artigo publicado no “Dossiê Temático Municípios do Rio Grande do Norte”, presente na Revista IHGRN 97, publicamos hoje um trecho sobre o município de Macaíba. A imagem é uma arte da bandeira do município, extraído do livro "Bandeiras e Brasões de Armas dos Municípios do Rio Grande do Norte", da professora Anadite Fernandes da Silva. Boa leitura!
“Macaíba – um pouco de sua história”, Valério Alfredo Mesquita
Como unidade político-administrativa, Macaíba não existia em 1645, a não ser os sítios Ferreiro Torto, Uruaçu além dos portugueses, mestiços e índios. É a fase das lutas ferozes entre os colonizadores lusitanos, invasores holandeses, os indígenas e os escravos que trabalhavam na agricultura rudimentar, exploração de engenho, da pecuária, etc.
Segundo Câmara Cascudo, só a partir do final do século XVIII, o nome Coité se presume ter aparecido para designar a pequena vila emergente, cujo proprietário era o português Francisco Bandeira, instalado no florescente Engenho do Ferreiro Torto. O outro engenho de açúcar foi o de Guarapes, fundado por Fabrício Gomes Pedroza que, em 1855, mudou o nome Coité para Macaíba, uma imponente palmeira existente em pontos diversos de sua propriedade.
Mas, somente em 27 de outubro de 1877, pela Lei nº 801, a vila foi elevada à categoria de município.
Macaíba e São Gonçalo viveram desde os primórdios em permanente disputa, ora um sendo município, ora outro sendo vila até que, em 1959, São Gonçalo se tomou definitivamente município independente.
Entretanto, o fator mais importante a destacar nessa fase primitiva é que não havia eleições, política organizada, nem vida social. Tudo era controlado pelos grandes fazendeiros e donos de engenhos que ditavam as leis.
Artigo: Valério Alfredo Mesquita
Imagem: Anadite Fernandes
Fotografia: Maria Simões