quarta-feira, 6 de abril de 2022

“Minha querida Mossoró global”, Maria Conceição Maciel Filgueira

 
    A partir do artigo publicado no “Dossiê Temático Municípios do Rio Grande do Norte”, presente na Revista IHGRN 97, publicamos hoje um trecho sobre o município de Mossoró. A imagem é uma arte da bandeira do município, extraído do livro "Bandeiras e Brasões de Armas dos Municípios do Rio Grande do Norte", da professora Anadite Fernandes da Silva. Boa leitura!

“Minha querida Mossoró global”, Maria Conceição Maciel Filgueira

    O município que de forma inusitada já é chamado, naturalmente, PAÍS, o “País de Mossoró”, ser agora denominado “Cidade Global”, provavelmente, soaria normal. Poderia considerar utopia, até ficção. Na verdade, é mais paixão e ousadia, próprio de quem é filha(o) da terra. Terra de povo destemido, que se apoia nas tradições e num passado ilustrado de histórias libertárias, heroicas, que demonstram pioneirismo, resistência e espelham um futuro promissor.
    Este chão, traz nas suas raízes, a coragem e a bravura de um povo, que se antecipou à libertação da escravatura (1883, cinco anos antes da Lei Áurea), combateu o bando do cangaceiro Lampião (1927), sendo o berço da primeira eleitora da América Latina, Maria Celina dos Guimarães Viana (1928), além da bravura e coragem feminina, constatadas pelo motim das mulheres – liderado por Ana Maria Floriano – forte revolta contra a convocação dos seus filhos e esposos à Guerra do Paraguai (1875).
    Vislumbrada por Cinara Maciel, primeira turismóloga a atuar na Secretaria de Turismo de Mossoró como “a galinha dos ovos de ouro”, pelo fato de despontar no cenário internacional como cidade do mundo. Considerada, portanto, como catalisadora de expectativas da sociedade mundial: seja pela fruticultura tropical irrigada, pelo sal marinho, pelo petróleo, seja pelo gás natural, calcário e apicultura; ou ainda como “capital cultural” e “capital do conhecimento''.

Artigo: Maria Conceição Maciel Filgueira
Imagem: Anadite Fernandes
Fotografia: Maria Simões