segunda-feira, 18 de julho de 2022

As Revistas do IHGRN

 
    Tudo começou em 1903, quando saiu a primeira edição. Criado o Instituto no ano anterior, 1902, era preciso, como de praxe às instituições do gênero, ter uma revista para veicular estudos e artigos e também fazer publicar documentos históricos e o expediente da Casa: estatuto, atas, relatórios, discursos, necrologia. Não foi outra a tônica com a qual a Revista IHGRN nasceu e, hoje, 2022, nos 120 anos do Instituto, chega a 100 edições.
    De lá para cá, a Revista passou do exercício de uma Comissão da Revista para três editores: Gustavo Sobral, André Felipe Pignataro e Pedro Simões. Na sua história, que ainda precisa ser escrita, aparecem os nomes que compuseram a Comissão, os responsáveis e os editores, no trabalho infindo de coligir o material a ser publicado e torná-lo editável para ser impresso e chegar ao público leitor.
    Já foi vendida e distribuída por assinatura, já foi gratuita, muitas vezes patrocinada, e já ganhou reedição especial numerada. Já fez publicar fotografias, deixou, voltou. Esqueceu dos documentos e dos estudos, passou uma temporada reunindo artigos curtos e, como tudo no tempo, foi indo muito ao sabor de cada tempo em uma periodicidade indefinida. Hoje, procura ser uma revista, das poucas que ainda se publicam no Rio Grande do Norte.
    No seu histórico, duas edições vieram muito a calhar para facilitar o trabalho dos pesquisadores. São os índices gerais, o primeiro, publicado em 1970, organização de Hélio Dantas, alfabético e remissivo compreende do volume I ao LV, perfazendo as revistas publicadas entre 1903 e 1963; o segundo, publicado em 1994, tem organização por Fernando Hippólyto da Costa, e vai na sequência, dos volumes LVI ao LXXXV, 1964-1993. E já precisamos de um novo que contemple as revistas que vieram depois.
    A melhor notícia é que permanece inegável e necessária fonte de pesquisa quando o assunto é Rio Grande do Norte. Embora suas edições passadas estejam esgotadíssimas, é possível acessar em formato digital, pois quase todas as suas edições foram digitalizadas em uma parceria entre o Instituto e o Labim/UFRN e disponibilizadas no site do Instituto, acessível de forma gratuita para quem quiser, folhear, consultar e ler.

Artigo: Gustavo Sobral e André Felipe Pignataro
Imagem: Maria Simões