quarta-feira, 11 de maio de 2022

“Pedro Velho”, Marcos Tavares da Fonseca

 
    A partir do artigo publicado no “Dossiê Temático Municípios do Rio Grande do Norte”, presente na Revista IHGRN 97, publicamos hoje um trecho sobre o município de Pedro Velho. A imagem é uma arte da bandeira do município, extraído do livro "Bandeiras e Brasões de Armas dos Municípios do Rio Grande do Norte", da professora Anadite Fernandes da Silva. Boa leitura!

“Pedro Velho”, Marcos Tavares da Fonseca

    A história de Pedro Velho começa a ser registrada por volta do início do século XVIII, quando o Rio Grande já se destacava como um importante centro de criação de gado. Essa importante atividade socioeconômica, ajudou a constituir o núcleo urbano do lugar, sendo esse habitado, em sua maioria, por vaqueiros e lavradores. Cuitezeiras também se destacou na produção da cana-de-açúcar, por pertencer à área do engenho Cunhaú, que se destacava por sua importância como o maior produtor desse item, fato também que se deu em quase todas as épocas. O processo, como nas economias capitalistas em geral, tem sua essência na intensa concentração fundiária (LIMA, 1997, p. 31). O algodão também surge como importante produto agrícola desses primórdios do lugar e como fator fixador da presença humana.
    Os primeiros movimentos de fixação urbana em Cuitezeiras surgem ao sul, a margem esquerda do rio Curimataú, no sítio pertencente ao senhor Cláudio José da Piedade, durante as primeiras décadas do século XIX. Em 1861, o povoado de Cuitezeiras, nome este dado em virtude das inúmeras árvores de coités ou cuités (Cresentia cujete), que existiam na área e eram importantes como fornecedoras de cabaços utilizados à época como utensílios domésticos, é fundado, com grande participação da tradicional família Afonso, que fincou na região moradia permanente. Cuitezeiras surge pertencendo judicialmente ao município de Canguaretama.

Artigo: Marcos Tavares da Fonseca
Imagem: Anadite Fernandes
Fotografia: Maria Simões